As Raízes da Co-Dependência


"Todo mundo quer ser amado. Esse é um mau começo.Ocorre porque a criança, a criancinha não pode amar, não pode falar, não pode fazer nada, não pode dar nada - só pode receber. A experiência de amor da criancinha é receber. Mas os problemas começam quando todos são crianças e todos têm necessidade de receber amor. Ninguém é diferente. Então ficam pedindo: "Me dê amor". E não há ninguém para dar porque o outro faz a mesma coisa." (Osho)


Na maior parte do tempo em que estamos nos relacionando vivemos num estado mental infantil, totalmente identificados com os sentimentos e visões de nossa criança interior. Podemos ter trinta, cinqüenta, sessenta anos, mas nossa idade cronológica não corresponde à nossa idade emocional. Queremos que o outro preencha nossas necessidades e vivemos reagindo porque nossas expectativas não são preenchidas.

Temos medo da intimidade, temos dificuldades de estabelecer limites ou até mesmo de expressar nossas necessidades com naturalidade e clareza. É como se estivéssemos dentro de uma bolha, que nos isola e ao mesmo tempo funciona como um filtro que nos impede de ver as coisas como elas realmente são.

Como resultado temos os conflitos, os desapontamentos e a frustração.

Em nosso estado de mente infantil, vivemos em função dos outros. O outro tem um poder sobre o nosso bem-estar. Nosso foco vive dirigido em receber aprovação, atenção,amor e respeito do outro. Vivemos uma luta contínua para receber isso que nos falta. Utilizamos diferentes estratégias, tentando nos adaptar ao outro, fazendo concessões. Na maioria das vezes, deixamos de ser sinceros, verdadeiros, espontâneos, naturais. Pagamos um preço e a coisa não funciona: o outro não preenche o nosso sonho. Então nos sentimos vítima, e acabamos sabotando o amor com velhos hábitos e modos de nos relacionarmos: culpamos o outro, tentamos modificar o outro. E nos frustramos.

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